sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Resenha Crítica


Referência Bibliográfica: VAREJÃO, Filomena de Oliveira Azevedo. O português do Brasil: Revisitando a história.  Cadernos de letras da UFF- Dossiê: difusão da língua portuguesa, nº 39, p 119. Disponível em http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/39/artigo6.pdf.  Acesso em: 14 de outubro de 2013.
 
RESENHA CRÍTICA
 
Edjane Pereira Ribeiro Nascimento [1]

O artigo “O português do Brasil: Revisitando a historia”, inscrito pela autora, Filomena de Oliveira Azevedo Varejão, Mestra em Interdisciplinar Linguística e Doutora em Letras Vernáculas, discute sobre a variedade da língua portuguesa no Brasil, mostrando que existe uma tensão entre normas cultas e vernáculas na comunidade de fala no país.
Seu principal objetivo é apresentar um breve histórico sobre ideias linguísticas desenvolvidas no Brasil e sobre as diferentes concepções que buscaram e explicar sobre o PB. Nesse sentido traz para o seu texto autores que contribuem para o debate, alguns explicando que as particularidades o português brasileiro (PB) são resultados da influencia das línguas africanas e de fatores de ordem social, outros autores estabelecem que as línguas africanas não contribuíram de forma significativa para a formação do nosso português.
 Segundo Guimarães apud Varejão as ideias linguísticas no Brasil são divididas em quatro momentos: pelo tipo de produção, pelos objetivos propostos e pelas ideias veiculadas, no entanto começa sua analise pelo segundo momento, pois entende que o primeiro não refletiu a língua do Brasil e sim no Brasil.
       Destacasse a importância do segundo momento, pois se estabelece uma tensão entre os posicionamentos puristas e libertários, que envolvem, sobretudo a literatura brasileira, o terceiro momento é representa como cerne das questões os debates da unidade linguística Brasil/Portugal. Todas as discussões tem como foco central a defesa da manutenção dos vínculos culturais e políticos com Portugal e a defesa da autonomia linguística do Brasil.
         O texto aborda as principais correntes que se formaram nessa fase histórica, os puristas que defendiam o combate a corrupção do idioma a todo custo, e os nacionalistas que defendiam uma política de afirmação nacional, impostos pelos movimentos de independência.
           A autora convida em seu texto outros autores, e estabelece um dialogo entre suas ideias, mostra ao leitor a preocupação em abordar posicionamentos diferentes para transparecer como estava o processo de discussão da língua portuguesa no contexto histórico do século XIX e XX.  Outro fator importante que se coloca no texto é demonstrar o posicionamentos dos poetas da época:  Gonçalves Dias, José de Alencar, Euclides da Cunha, Olavo Bilac, Camilo Castelo Branco. Durante o texto faz referencias ao principais autores que discutem a língua portuguesa contemporânea cientificamente nos diversos campos.
         Por fim realiza algumas considerações sobre a origem do Português brasileiro, reconhecendo que as nossas diferenças linguísticas está ligada ao fato do Brasil ser um país com território extenso, com povoamento heterogêneo, e inicialmente de base rural, pela diversidade cultural e estratificação social. Afirma também a importância das línguas africanas na formação do PB e reconhece a complexidade dos estudos acerca das origens e transformação do PB.
          Podemos concluir que tratasse de um texto com riquíssimo aporte teóricos, que traz informações imprescindíveis para entender a evolução da Língua portuguesa no Brasil, os conflitos teóricos e sociais que protagonizarão nossa historia, além de nos apresentar importante teóricos que serviram como fonte para futuras pesquisas. O texto tem uma linguagem clara e objetiva, o que facilita no estudo e compreensão das ideias.


 
 
 

 




[1] Graduada em Serviço Social pela faculdade Integrada Tiradentes (FITs), Especialista em Educação em Direitos Humanos e Diversidade - EDHDI pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Graduanda em Letras (Língua Portuguesa) na Faculdade de Letras- FALE pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) atualmente trabalha na Secretaria da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas (SEMCDH).
 
 


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Atividade 3- Fichamento


Fichamento

 

Referencia Bibliográfica: VAREJÃO, Filomena de Oliveira Azevedo. O português do Brasil: Revisitando a história.  Cadernos de letras da UFF- Dossiê: difusão da língua portuguesa, nº 39, p 119 137. 2009.

 

O Brasil é um país multicultural e multidialetal, dessa maneira existe uma tensão entre as normas cultas e vernáculas, infelizmente até hoje muito ignorada por muitos intelectuais: Norma padrão luzitanizante versus fala da “massa inculta”. Ao examinar as ideias linguísticas no Brasil, são estabelecidos quatro períodos que são definidos pelo tipo de produção, pelos objetivos propostos e pelas ideias veiculadas.

As tensões acontecem entre duas correntes distintas: Puristas e Nacionalistas, a primeira defende a manutenção dos vínculos culturais e políticos com Portugal e combatiam a “corrupção do idioma”. Os nacionalistas defendiam a autonomia linguística brasileira, ou seja, uma política de afirmação nacional que foram postas pelos movimentos nacionais no processo histórico de independência.

Essas discussões a cerca das normas foram interpretadas de forma diferentes: para uns foram encaradas como popular, para outros como desleixo com a língua portuguesa. Tais conflitos invadiram o campo da produção literária no Brasil, pois se colocou em questão a possibilidade do Brasil produzir artisticamente com uma linguagem própria.

 Ao falarmos sobre a origem do português brasileiro, nos remetemos ao fato histórico do português transplantado que serviu como instrumento de interação entre os colonizadores e os povos que aqui viviam: índios e negros, falantes de línguas maternas diversas.

Para entender o português brasileiro é necessário observar as peculiaridades linguísticas com foco nas diferenças advindas do fato do Brasil se constituir de uma extensão territorial, com enorme diversidade cultural e de importante estratificação social. Logo a questão da variação aponta para estudos históricos externos e internos da constituição do Português brasileiro.

Surgem então quatro correntes: a primeira reduz a proposta que fundamenta o português brasileiro a um processo histórico de crioulização/ descrioulização. A segunda linha de analise considera a possibilidade da formação de um crioulo no Brasil considerando a grande funcionalidade das línguas gerais indígenas como meio de comunição.  A terceira corrente reflete sobre a possibilidade de ter ocorrido uma forte influencia das línguas africanas podendo ter ocorrido um processo de crioulização, ou aquisição irregular do portugues. A quarta linha tem como proposta principal a influencia das línguas indo-europeias, a forma do português não padrão, que teria se acelerado e maximizado no Brasil.

O Brasil, considerado como a maior sociedade de escravos do novo mundo, reconheceu que o papel das línguas africanas foi decisivo para a formação da língua vernácula brasileira.

 Os trabalhos científicos compravam a complexidade de se entender sobre a formação do português brasileiro e suas transformações, o que se pode afirmar é que decorre de uma mistura plural e heterogênea, pois não se pode negar que existem semelhanças e diferenças quantitativas e qualitativas entre o português de Portugal e o português brasileiro.

 

 

           

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Atividade 2

http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/39/artigo6.pdf

Autora: Filomena de Oliveira Azevedo Varejão.

O texto selecionado é intitulado de: O português do Brasil: revisando a história. Foi escolhido pelo interesse de entender como ocorreu a evolução histórica da língua portuguesa no Brasil. A autora do artigo cientifico possui mestrado em Interdisciplinar Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000) e doutorado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006), portanto trata-se de um pesquisador com foco em dados cientificos.